DIA 001

O que é o Outono senão um amontoado de lembranças que me servem de folhas secas caídas ao chão?

Se ao menos não estalassem tanto quando eu pisasse sobre elas, meu Deus !

DIA 002

A gente que viaja pelas beiradas da palavra, sabe do precipício, sabe aonde tudo acaba.

Sabe que o Início é meramente um ser fictício, não existe, é só mais um conto de fadas. Sabe que a Liberdade é um recinto de portas e janelas largas, porém lacradas.

Parabenizo o Nada com uma salva de palmas, pois de tudo que se finge ele é o sentimento mais sóbrio, aquele que chega forte ao cair da tarde

DIA 003

Sem muitas palavras, e quanto menos, menos armadilhas teremos. O olhar estica-se até o horizonte. O sol, os raios, a quietude das montanhas e tudo me inspira a sentir o murmúrio das coisas brandas, cujo vento as tornam inspiradoramente suspensas. Um brado, um grito, um espírito, uma pata felina selvagem que rompe a estrada e absolutamente nada me desliga dessa nuvem pulsante de sentimentos e reflexões que sempre vão um pouco mais adiante, um pouco mais em frente e me alcançam com garras, pêlos, desejos e dentes.

DIA 004

Num dado momento eu penso que todos me olham, para num outro minuto achar que carrego comigo o dom da invisibilidade. As ruas são longas e se ajustam perfeitamente aos meus sonhos e às minhas teorias de visão de mundo. Em minhas roupas trago o formato que me cabe, que me coube, que se adequou em mim. De repente eu penso que eu poderia ir para casa ler um livro e me entregar à preguiça do sofá ou da cama. Contudo lembrei-me que quando eu leio mais me aprofundo em mim. Meu grande medo. Opto pela minha permanência na rua e pela minha falta de destino.

DIA 005

Para ela aquilo tudo não era loucura. Ela esperaria sim um pouco mais de chão, possibilidades, ajustes e um coração novinho em folha. Mas não tinha pressa. Além do que ela sentia que o Amor valia à pena. Além do que ela se chamava Mulher. Ela, que viu corpos suados, desejos, lágrimas e campos de batalhas, percebia que o Amor e a Guerra usavam o mesmo cenário e o mesmos requintes de crueldade.

Crise de Pânico: Compreendendo e Enfrentando o Medo Invisível

As crises de pânico são episódios intensos e repentinos de medo extremo, acompanhados por sintomas físicos como taquicardia, sudorese, falta de ar e uma sensação avassaladora de perda de controle. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2% a 3% da população mundial sofre de transtorno do pânico. Essas crises podem ocorrer sem aviso e muitas vezes são confundidas com ataques cardíacos, aumentando o pânico da pessoa afetada.

Depressão em Jovens: O Silêncio que Grita por Ajuda

A causa exata das crises de pânico não é completamente compreendida, mas fatores como predisposição genética, estresse crônico e desequilíbrios químicos no cérebro desempenham um papel significativo. De acordo com a American Psychological Association (APA), a terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem se mostrado uma das formas mais eficazes de tratamento, ajudando os pacientes a identificar e reestruturar pensamentos que desencadeiam o pânico.

Práticas como a respiração profunda, mindfulness e exercícios físicos regulares podem ajudar a reduzir a frequência e intensidade das crises. Identificar gatilhos pessoais e buscar apoio psicológico são passos essenciais para o controle a longo prazo. É importante lembrar que o apoio de familiares e amigos também pode fazer uma diferença significativa no processo de recuperação.

Procurar ajuda profissional é um passo fundamental para aqueles que enfrentam crises de pânico, pois um psicólogo ou psiquiatra pode fornecer estratégias específicas e personalizadas para o controle dos sintomas. A terapia cognitivo-comportamental, por exemplo, auxilia no reconhecimento dos gatilhos e na reestruturação de pensamentos distorcidos que alimentam o pânico. Além disso, a adoção de hábitos saudáveis pode ser uma poderosa ferramenta complementar.

Práticas como a meditação mindfulness ajudam a ancorar a mente no presente, enquanto exercícios físicos regulares, como caminhadas ou yoga, reduzem os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Dormir bem e manter uma alimentação equilibrada também são essenciais, pois afetam diretamente o equilíbrio emocional. Ao combinar tratamento profissional com esses hábitos, é possível não apenas enfrentar as crises, mas também promover uma qualidade de vida mais estável e serena.

A depressão afeta cerca de 10% dos adolescentes em todo o mundo, de acordo com dados da OMS. Apesar disso, ela frequentemente passa despercebida ou é confundida com "fase passageira". Os sinais podem incluir isolamento social, perda de interesse em atividades antes apreciadas, mudanças drásticas de humor e desempenho escolar.

Estudos sugerem que fatores como pressão acadêmica, redes sociais e expectativas sociais exacerbam os sentimentos de inadequação e solidão em jovens. Um relatório da Universidade de Stanford destaca que a comparação constante nas redes pode gerar uma sensação de fracasso, contribuindo para o desenvolvimento da depressão.

A identificação precoce é crucial. Pais, educadores e colegas precisam estar atentos a mudanças comportamentais. Conversas abertas e livres de julgamentos criam um ambiente seguro onde o jovem pode expressar suas emoções. Além disso, buscar ajuda profissional, como psicólogos ou psiquiatras, é fundamental para iniciar o tratamento adequado, que pode envolver terapia e, em alguns casos, medicação.